SOBRE REPORTAGEM " PARA ONDE CAMINHA O TRIATHLON NO RIO?"
Opinião de Tassia Sodré
Ao nos depararmos com a matéria publicada no jornal “O Globo” de 16/03/2012 , sobre nossa modalidade de esporte favorita, o triathlon, os sentimentos foram bem…confusos.
A alegria com o crescimento deste esporte – e seu consequente reconhecimento – rapidamente deu lugar à frustração, já que o presidente da Federação carioca, Julio Alfaya, deixou claro não possuir qualquer intenção de investir na formação de atletas profissionais.
“Investir no atleta de ponta é responsabilidade da Confederação”, disse. 



Ora, a Federação fluminense nada mais é do que um desdobramento dessa Confederação, um “braço” dentro do Rio de Janeiro destinado a investir nos atletas profissionais do Estado para que estes, eventualmente, sejam reconhecidos nacionalmente e internacionalmente, fortalecendo o nome do nosso país.
Claramente, não é este o espírito que nos cerca. Os atletas cariocas têm que sair de seu Estado a fim de competir em provas oficiais do campeonato nacional. O argumento de que não há verbas suficientes para patrocionar os competidores profissionais nos parece frágil dentro de um país onde setores como o da saúde, educação – e do próprio esporte – travam uma luta diária buscando encontrar o equilíbrio entre as tantas necessidades a serem supridas e o pouco dinheiro destinado a atendê-las.
Afinal, não seria o objetivo da Federação ser uma base de apoio para a concretização dos objetivos daqueles que se dedicam ao esporte como profissão? Se não com ela, com quem podemos contar? Teria a Federação realmente qualquer justificativa para se esquivar de suas obrigações, principalmente quando há projetos buscando novos talentos e (sobre)vivendo por meio de patrocínios privados?
Por isso, acreditamos na construção de “pontes de comunicação” entre as entidades da Confederação, de modo que compreendam que não são organismos isolados; fazem parte de uma UNIDADE cujo principal objetivo é impulsionar o triatlo e seus praticantes. Não amadores OU profissionais e, sim, amadores E profissionais.

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 ¹Matéria entitulada “Para onde caminha o triatlo no Rio?”

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